Resistir à Escalada Repressiva contra as Universidades Públicas – Eleger Haddad 13 em 28 de outubro!

O Poder Judiciário e as polícias organizaram nesta quarta e quinta, 24 e 25 de outubro, às vésperas do segundo turno das eleições, um conjunto de ações orquestrado para constranger a manifestação de professores, estudantes e funcionários, e mesmo das administrações superiores das instituições, das universidades públicas.

O pretexto é o fato de que, diante das ameaças às liberdades democráticas e dos diversos casos de violência praticados por bandos de extrema-direita, muitas vezes aos gritos de “Bolsonaro”, os segmentos constitutivos das comunidades universitárias, inclusive reitorias, têm reagido por meio de manifestos, faixas, atos públicos e reuniões.

A Justiça tem interpretado a defesa da democracia como atos de campanha, criando a bizarra situação em que a defesa da democracia e da paz passa a ser tratada como caso de polícia.

As ações atingiram até agora quase 30 instituições e entidades sindicais. Uma parte das ações foram praticadas pela polícia sem nenhum tipo de autorização judicial, como no caso das invasões da Faculdade de Direito da UFRJ, da UFF de Niterói e da Universidade Estadual da PB. Na UFRJ, a polícia tentou retirar faixas alusivas à ditadura, à luta pela democracia e ao esclarecimento do assassinato da vereadora Marielle, recuando quando o reitor e o diretor do centro exigiram mandado judicial. Na UFF, a polícia foi enviada para arrancar bandeira de uma organização estudantil antifascista pendurada em prédio da universidade. O diretor do Centro segue ameaçado de prisão. Na UEPB, a PM invadiu a universidade para monitorar o teor das aulas que estavam sendo lecionadas, inclusive constrangendo os professores a fornecerem telefone e endereço.

Os alvos deste constrangimento são professores e estudantes e seus organismos de classe (ADs e Seções Sindicais). Consideramos esta intervenção na autonomia universitária tão grave quanto vem sendo a judicialização das atividades nas universidades após o Golpe de 2016, violência impetrada contra a presidente Dilma Rousseff, eleita com 54 milhões de votos.

Os casos são muitos e se sucedem. Tratam-se das instituições podres que asseguraram o golpe de 2016 e que agora blindam Bolsonaro, o candidato da extrema-direita, pretendente a continuador de Temer na destruição da democracia e dos direitos, em face da resistência popular e, nesta semana, diante do crescimento avassalador da candidatura de Fernando Haddad, do PT.

Curiosamente, o mesmo Judiciário que orquestra a escalada repressiva contra aas universidades por conta de Bolsonaro, não viu nenhum problema no gigantesco esquema de lavagem de dinheiro e produção de fake news que envolve Bolsonaro e um importante número de empresas. Este mesmo Judiciário reagiu com meia dúzia de palavras ocas à ameaça reiterada dos Bolsonaro de mandar um cabo e um soldado fecharem o STF (“o candidato já desautorizou”, disse Rosa Weber) ou que se conformou com o envio de flores a esta mesma ministra como desculpas por um coronel da reserva tê-la chamado de vagabunda.

A escalada contra a universidades e contra as organizações dos trabalhadores e da juventude não tem data para cessar. É preciso reagir e defendê-las. O Fórum Renova ANDES repudia veementemente a escalada policial e se solidariza com os colegas, estudantes, funcionários e reitorias atingidas.

Um momento particularmente importante para impor uma derrota decisiva a Bolsonaro, mas também a estas instituições putrefatas, atoladas na lama do golpe de 2016, é o pleito de domingo.

Ao lado da maioria dos professores reunidos na rodada de assembleias promovida pelos ANDES-SN (9 a 18 de outubro) que decidiram defender os direitos, a democracia, as universidades e IFs por meio da candidatura Haddad, nós do Fórum Renova ANDES estamos engajados diuturnamente na campanha. Junte-se a este esforço!

EM DEFESA DA UNIVERSIDADE, DOS IFs, DA DEMOCRACIA E DOS DIREITOS, HADDAD 13!

Fórum Renova ANDES-SN, 26 de outubro de 2018