Está claro que um dos objetivos do Golpe é o ataque às Univerisadades Públicas. O cerceamento da liberdade de cátedra e da desmoralização da universidade pública, com as investigações e prisões preventivas como as que ocorreram na UFSC e na UFMG, tornaram-se uma prática. Por isso, faz-se necessário construir Comitês em Defesa da Universidade Pública em todo o país. Precisamos construir uma estratégica contra essa ofensiva, que vise não só organizar a comunidade acadêmica, na defesa da autonomia universitária, da liberdade de pesquisa, mas garantir que haja uma campanha junto com a sociedade acerca da importância da Universidade para a produção de ciência e tecnologia, para a formação de jovens e adultos. Precisamos desmontar os argumentos sobre a elitização do ensino público superior no Brasil, demonstrando que o professor universitário é pesquisador e extensionista, e que os alunos hoje têm, em grande parte, origens das classes populares (incluindo negros e índios).
Por fim, sugerimos uma campanha dirigida à sociedade no sentido de informar sobre as principais contribuições da universidade pública para o desenvolvimento e a democracia no país. É preciso sair da defensiva e uma campanha dessa natureza poderia desempenhar um papel importante no sentido de colocar-nos numa posição mais assertiva no diálogo com a opinião pública.
TR – O Andes-SN e suas seções se comprometem a criar Comitês em defesa da Universidade Pública para realizar campanhas para esclarecer a opinião pública sobre o papel das universidades públicas no desenvolvimento científico, cultural e técnico do país e como forma de defendê-las como instituições livres, autônomas e democráticas.
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Tese apresentada no Tema II: Políticas Sociais e Plano Geral de Lutas
Assinam:
Agnaldo Santos (Adunesp), Alberto Handfas (Adunifes), Everaldo Andrade (Adusp), Fabio Venturini (Adunifesp), Marta Inês (Adusp), Moneda Ribeiro (Adusp), Paula Marcelino (Adusp), Tatiana Berringer (Adufabc), Valter Pomar Adufabc)