Carta Programa

EM 10 E 11 DE MAIO, OCORRERÃO AS ELEIÇÕES DO ANDES- SINDICATO NACIONAL.

Nós, que assinamos esta carta de apoio, somos professoras e professores diversos como nossa categoria, mas unidos pela necessidade de resgatar o ANDES-SN como o instrumento de defesa dos interesses concretos dos docentes de ensino superior, técnico e tecnológico público para que, a partir disso, ele volte a ser uma voz decisiva no debate científico e educacional do país e na defesa da democracia e dos direitos do povo brasileiro.

Ao longo de sua história, o ANDES-SN desempenhou um papel de destaque na defesa da educação pública e nas grandes lutas democráticas, assim como das reivindicações concretas da nossa categoria, como salários e carreira. O sindicato esteve na linha de frente da luta contra a Ditadura e pela redemocratização, e contra o desmonte do serviço público e do ensino superior nos anos 1980 e 1990. A partir dos anos 2000, no entanto, a direção do ANDES-SN adotou uma orientação política que o afastou cada vez mais das reivindicações concretas da nossa categoria, concentrado que ficou em um denuncismo que se confundiu com o golpismo de 2016. Consequentemente, o sindicato não foi capaz de liderar a resistência nacional contra o projeto negacionista e ultraliberal que atacou a democracia e tentou destruir a educação pública brasileira.

O resultado desse processo foi um isolamento crescente do ANDES-SN, não só em relação à vida política nacional, mas em relação à própria categoria. A crise resultante desses equívocos está exposta: pela primeira vez na sua história, quatro chapas se inscreveram para concorrer às eleições do sindicato. Mas, dessas, só o RENOVA ANDES-SN foi uma voz constante na crítica à política que a direção sindical assumiu ao longo dos últimos anos, tendo concorrido como única chapa de oposição nas eleições de 2018 e de 2020, alcançando em ambas aproximadamente 45% dos votos.

Estamos em um momento fundamental da vida política brasileira. Depois de um período de profundos retrocessos, em que o autoritarismo e o negacionismo levaram o país a uma das crises mais profundas de sua história, um amplo movimento democrático elegeu um novo governo. Mas a crise não se encerrou com a eleição. A extrema-direita e a ameaça autoritária que ela representa seguem vivas, no Brasil e no mundo. Nesse contexto, o ANDES-SN não pode manter a política equivocada das últimas duas décadas.

um sindicato que caminhe ao lado das entidades que lutam pela educação, ciência e tecnologia nacionais. Que defenda a democracia e a universidade pública sem deixar de ser autônomo. Que construa uma pauta coerente com as necessidades prementes dos professores e professoras. Que defenda o orçamento das Universidades federais, estaduais e municipais, Institutos Federais, CEFETs e colégios de aplicação. Que construa campanhas salariais vitoriosas. Que tenha uma política clara para os aposentados. Que enfrente as desigualdades de condições de trabalho e nas carreiras da categoria. Que proponha uma pauta concreta para as professoras mulheres, para os professores e professoras negras e indígenas e para os professores e professoras LGBTQIAPN+.

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